Burnout: Quando o Cansaço Vira Algo Maior

Quem nunca chegou ao final do dia esgotado, sentindo que não aguenta mais a rotina? O cansaço ocasional é normal, mas quando esse esgotamento se torna constante, a ponto de afetar sua saúde, seu trabalho e até seus relacionamentos, pode ser Burnout – um estado de esgotamento físico e emocional ligado ao estresse crônico no ambiente profissional.

Embora o DSM-5 não classifique o Burnout como um transtorno mental independente, ele está associado a condições como Transtorno de Adaptação e pode desencadear ou agravar quadros de ansiedade e depressão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o Burnout como um fenômeno ocupacional, caracterizado por três dimensões principais: exaustão extrema, distanciamento mental do trabalho e sensação de ineficiência.

Como Saber se é Burnout?

Os sintomas vão além do cansaço comum. A exaustão emocional se manifesta como uma fadiga persistente, mesmo após horas de descanso. Você pode acordar já se sentindo sem energia, como se estivesse “funcionando no automático”. O distanciamento afetivo surge como uma forma de defesa – a pessoa se torna mais cínica, irritadiça ou indiferente em relação ao trabalho, algo que antes trazia satisfação. Por fim, a queda na produtividade gera frustração, como se nada do que fosse feito fosse bom o suficiente, levando a um ciclo de autocrítica e desmotivação.

Além disso, podem aparecer sintomas físicos, como dores de cabeça frequentes, insônia, alterações no apetite e até problemas gastrointestinais. Se você se identifica com esses sinais, é importante parar e refletir: pode ser o seu corpo pedindo ajuda.

O Que Fazer?

O primeiro passo é reconhecer que não é “falta de força de vontade” – Burnout é uma resposta prolongada ao estresse excessivo, e ignorá-lo só piora o quadro. Estabelecer limites é crucial: aprender a dizer “não”, desligar-se do trabalho em horários definidos e reservar momentos para descanso real.

A psicoterapia, especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), ajuda a reorganizar pensamentos e comportamentos que perpetuam o ciclo de esgotamento. Em alguns casos, uma avaliação psiquiátrica pode ser necessária para tratar sintomas associados, como ansiedade ou depressão.

Por fim, mudanças no estilo de vida fazem toda a diferença: atividade física regular, sono de qualidade e momentos de lazer longe das demandas profissionais são essenciais para a recuperação.

Você Não Está Sozinho(a)

Burnout não é um sinal de fraqueza, mas um alerta de que algo precisa mudar. Se você está passando por isso, busque apoio – falar com um profissional pode ser o primeiro passo para recuperar seu equilíbrio.

Se precisar de orientação, estamos à disposição para ajudar. Sua saúde mental importa. 💙

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